Sobre

O Coro da Vila surgiu em 1993 como Coral Fundap, quando um grupo de funcionários da Fundação do Desenvolvimento Administrativo resolveu montar um coral. Nossa primeira regente foi a maestrina Ana Yara Campos (de 1993 e 1997) e desde 1998 estamos sob a regência de César Cerasomma. Inicialmente, a ideia era apenas manter uma atividade de integração e bem-estar, mas com o passar do tempo o coro acabou ultrapassando esse objetivo inicial.

O grupo deixou de ser restrito aos funcionários da casa e se abriu para a comunidade. Juntaram-se a nós profissionais ligados à música e a outras formas de expressão artística, e assim o coro atingiu um nível elevado de qualidade vocal, aprofundou sua pesquisa de repertório e expandiu e diversificou seu público, com a realização de programas específicos, apresentados em espaços culturais significativos da cidade de São Paulo, como o Theatro São Pedro, o Masp, o Teatro Sérgio Cardoso, e outros.

No Memorial da América Latina, promovemos durante 10 anos Encontros Corais reunindo grupos adultos e infantis representativos do cenário coral brasileiro. Entre nossos espetáculos solo, destacam-se a leitura da Missa Brevis K. 192, de Mozart; Cinema!, com músicas que foram trilhas de filmes; Romeu, Julieta, Queijo e Goiabada, que colocou lado a lado música
erudita e sambas; Ainda, que trazia uma mistura de estéticas, propostas e gêneros musicais; À Margem, programa de música contemporânea brasileira e internacional, com canções de Chico Buarque, Rita Lee, Beatles, Queen e outros. Três grandes compositores brasileiros também foram homenageados pelo coro: Vinicius de Moraes, no programa Vinícius e outras
Bossas; Milton Nascimento (e outros compositores do Clube da Esquina), nos programas Milton e Geraes e Esquinas Geraes; e o poeta maior, Chico Buarque de Holanda, com nossa Ópera do Malandro em Concerto.

Para manter esse trabalho, o coro tinha uma ajuda de custo da Associação de Funcionários da Fundap e a colaboração dos próprios coralistas. Fazíamos rifas, bazares, passávamos o chapéu… Tudo ia caminhando até que a Fundap foi extinta e essa trajetória bonita correu o risco de ser interrompida.

Não podíamos deixar isso acontecer, porque escrevemos uma história da qual a gente se orgulha muito. Pouquíssimos coros amadores sobreviveram tanto
tempo e conseguiram realizar tanto com tão poucos recursos.

E é isso que nos impeliu a continuar. Na busca por novos caminhos e novos parceiros, tivemos o apoio do amigo e saudoso jornalista Gilberto Dimenstein e nos tornamos o CORO DA VILA. Um novo coro nasceu, com um novo nome, mas nossa missão não mudou: levar a música coral para o maior número de espaços e públicos diversos. E sempre com a preocupação de mostrar
arranjos inéditos e um repertório diferenciado. Vamos em frente!

Linha do tempo

1993

Início das atividades do Coral Fundap, iniciativa dos funcionários da Fundação do Desenvolvimento Administrativo, como uma atividade de integração. O idealizador do coro foi Amauri Duarte, funcionário da Fundação. Depois de quatro meses de ensaios com um profissional contratado, o coro passou a ser regido por Ana Yara Campos, que era regente do Coral Libercanto de SJC e também do coro do Museu Lasar Segall.

De 1993 a 1997

Nesse período de regência de Ana Yara Campos, o coro foi amadurecendo musicalmente e passou de uma atividade exclusiva dos funcionários da Fundação para uma atividade aberta, com a participação de amigos e moradores da comunidade.

A partir de 1995

O coro promoveu anualmente o Encontro Fundap de Canto Coral, reunindo grupos corais (adultos e infantis) de diversos locais do Brasil com edições no Memorial da América Latina, e no Theatro São Pedro. Os encontros eram temáticos e traziam sempre uma mistura de manifestações artísticas, dependendo do tema do encontro. No do circo, o cenário imitava um picadeiro e havia palhaços, acrobatas e uma bandinha; no do carnaval, uma parte da bateria da X-9 Paulista se apresentou no final do evento; em outra ocasião, se apresentaram os Barbatuques, grupos de dança e um quarteto de cordas. O Encontro Fundap de Canto Coral teve dez edições.

1998

César Cerasomma, que era o regente assistente, assume a regência titular, com a saída da Ana Yara.

1988 e 1999

Apresentação da Missa Brevis K. 192 de W. A. Mozart, com o quarteto de cordas do Teatro Municipal Florilegium Musicum. Esse projeto foi o salto de qualidade vocal do coro. Depois da preparação dessa missa, o som do coro ficou mais consistente. E a oportunidade de cantar com um quarteto de cordas profissional foi muito bacana!

2001 e 2002

Espetáculo Cinema!, com repertório de músicas que foram trilhas de filmes, apresentado nos teatros Sérgio Cardoso, São Pedro, Santa Cruz, Cláudio Santoro, em Campos do Jordão, e Clube Atlético Monte Líbano. O tema do último encontro de corais foi Cinema. Depois dele, o coro começou a fazer espetáculos solo e esse foi o primeiro.

2004 e 2005

Espetáculo Ainda, um rico painel da manifestação cultural de vários povos e épocas na ritualização de seus cotidianos, apresentado no Theatro São Pedro, Sesc, Centro Cultural São Paulo e Teatro Santa Cruz.

2007

Espetáculo Romeu, Julieta, Queijo e Goiabada, expandindo e unificando as interpretações do erudito e do popular, misturando música sacra/erudita, com sambas.

2008

Encontro de aniversário dos quinze anos do coro, no Theatro São Pedro, com a presença de alguns grupos que partilharam nossa trajetória de difusão do canto coral no Estado de São Paulo, entre eles o Coral da Unifesp e o Coral Juvenil Pio X.

2009 e 2010

Milton e Geraes foi uma homenagem à obra de Milton Nascimento e de outros compositores do Clube da Esquina, apresentado no Theatro São Pedro, Santa Cruz e outros.

2012

À Margem, programa de música contemporânea brasileira e internacional, com arranjos inéditos feitos para o nosso coro de canções de Chico Buarque, Rita Lee, Cazuza, Arnaldo Antunes, Beatles, Queen e outros. Todas as canções escolhidas buscavam o questionamento de estereótipos e padrões estabelecidos. Quais são eles? O que é correto? Quem é esse ser que está ‘à margem’, na vida e no amor? Apresentado no Theatro São Pedro, Teatro Ruth Escobar e outros.

2013

Sob a regência de Maurício Romitelli, o coro homenageou a bossa nova e, de quebra, o centenário de nascimento de Vinícius de Moraes, com o programa Vinícius e outras Bossas, que reuniu uma seleção de bossas (incluindo uma americana), que ilustram esse movimento musical.

2014

Para celebrar os 70 anos de aniversário de Chico Buarque, o coro preparou a Ópera do Malandro em concerto, que estreou em 2015 no Teatro Arthur Azevedo e, em seguida, no Theatro São Pedro. Novas apresentações desse espetáculo aconteceram em 2016 no Teatro Sérgio Cardoso, no Teatro Paulo Eiró, nos teatros do Clube Monte Líbano e Hebraica e na Unibes Cultural.

2017

O grupo preparou mais um programa dedicado ao universo do Clube da Esquina e seus compositores, o Esquinas Geraes, que estreou em maio de 2018 no Theatro São Pedro, e depois teve concertos nos Teatros Paulo Eiró, Gamaro, Anne Frank, Ruth Sales, no foyer do Auditório Ibirapuera e no Centro Cultural Yves Alves (Sesi Tiradentes/MG).

2019

Início da preparação de A culpa deve ser do sol, que iria estrear em maio de 2020 no Teatro Sérgio Cardoso. Estreia cancelada por conta da pandemia.

2020 a 2021

Na impossibilidade de o coro estar junto presencialmente, os ensaios passaram a ser virtuais, via zoom. Nesse período, além da manutenção do repertório já aprendido, o coro produziu alguns vídeos, como o Divino Maravilhoso, A Carne, Inclassificáveis/O mundo, Dueto, e Tem gente com fome.

2021

Realização do projeto O Coro da Vila conta e canta o Pequeno Príncipe.